Eixos curriculares
Em função da nossa proposta pedagógica, estabelecemos alguns eixos que devem estar presentes em diferentes momentos da vida escolar, já que são norteadores da aprendizagem dos alunos:
Diversidade cultural
As sociedades contemporâneas vêm se tornando mais complexas. Do ponto de vista da educação, isto implica construir estratégias que permitam um processo de socialização que incorpore múltiplas identidades, culturas, valores e interesses. Muitas vezes sobrepostos e em outros competitivos entre si. Portanto, é nossa tarefa introduzir novos temas, novos conceitos e novas formas de articulação com a realidade.
O Diversitas deve ser um espaço de diálogo e de comunicação entre os diversos grupos sociais. Espaço para exercitar:
- a atitude de tolerância e respeito às diferenças físicas, étnicas religiosas, culturais e de convicção política;
- a iniciativa individual e capacidade para desenvolvê-la em grupo;
- a capacidade de saber argumentar para validar uma convicção;
- a capacidade de saber ouvir; e expressar valores, sentimentos e ideias.
Inserção no Meio
O espaço da cidade é rico de possibilidades de aprendizagem: ruas, museus, parques, praças, fábricas, universidades, bibliotecas, acervos públicos, etc.. Compreendê-lo como um espaço em constante processo de construção, permite ao aluno reconstruir sua história de vida, reconhecer e nomear diferentes tipos de paisagens, descrever e analisar, de um ponto de vista crítico, o lugar onde vive e perceber-se como sujeito que ao mesmo tempo em que se constrói na relação com a cidade, participa da sua construção.
A escola deverá criar essas possibilidades através de visitas a diversos espaços da cidade como museus, bibliotecas, parques, teatro, etc.
A escola como um espaço de vivências Culturais
A escola é uma instituição social e se insere num contexto mais amplo – sócio-político-econômico e cultural – e do qual não está dissociada. Incorporar no cotidiano escolar as celebrações, oficinas de teatro, jogos, saraus literários, possibilita que os educandos desenvolvam sua consciência crítica e identidades culturais, indispensáveis para a vivência e o exercício da cidadania.
Sistemas expressivos
O desenvolvimento de diferentes sistemas expressivos – linguagem verbal, escrita, plástica, corporal, musical, científica, cênica, cinematográfica e outras – é uma das dimensões formadoras da criança, do adolescente, do jovem e do adulto.
É necessário que o projeto da escola tenha como intenção, clara e explícita, a ampliação para os educandos de possibilidades de compreender e atuar sobre a realidade físico-natural e sociocultural, expressando-se por meio dessas diferentes linguagens.
Formação do aluno pesquisador
Para possibilitar a formação desse aluno, a escola deverá estruturar seu trabalho a partir de alguns princípios:
- Tratar a informação de maneira adequada às necessidades contemporâneas. O conhecimento hoje também está materializado nos computadores, vídeos, filmes e fibras óticas. Portanto, os alunos precisarão ter capacidade para localizar, acionar e usar essas informações.
- Priorizar processos pedagógicos que contemplem a criticidade, curiosidade, conflito, contradição da realidade, problematização, construção e provisoriedade do conhecimento.
- Possibilitar espaços para os alunos observarem, formularem problemas, hipóteses, sintetizarem e analisarem os fenômenos, situações, fatos e ideias.
- Garantir a capacidade de ler e escrever diferentes tipos de texto, de acordo com a função e contextos em que serão utilizados.
- Garantir a formação das habilidades de falar e ouvir de maneira apropriada a cada situação de interlocução.
- Possibilitar a utilização da linguagem matemática; operar, interpretar e lidar com os números em diversas situações.
- Desenvolver a capacidade de utilizar os diversos instrumentos tecnológicos disponíveis (calculadoras, filmadoras, vídeos, computadores), de acordo com cada necessidade de trabalho.
A construção da autonomia e a organização dos trabalhos
Para participar de qualquer grupo e para produzir conhecimento é necessário que os alunos aprendam a se organizar e participar. Por isso, as crianças e adolescentes precisam de oportunidades para aprender a se organizar, a decidir as regras de organização e a planejar as ações. Para isto acontecer, além dos alunos terem a oportunidade para viverem essas experiências, precisarão da ajuda dos pais, responsáveis e professores. Neste caso, estratégias de intervenção adequadas devem ser criadas, para contribuir com o avanço do grupo.
Esse eixo deverá permitir a:
- Compreensão do trabalho, através da participação e vivência;
- Compreensão das melhores estratégias de se trabalhar no coletivo, a partir de discussões e definições coletivas;
- Construção da organização de todos, com autonomia para realização de todas as atividades;
- Compreensão da necessidade de se prever, com antecedência, os recursos necessários para a realização do trabalho e o tempo que será gasto.